segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sua xícara de chá.

Todo excesso precisa ser reduzido.
Uma xícara de chá, por exemplo: quando muito cheia, torrões ou colheres de açúcar provocam o derramamento do chá. O pires fica alagado e a colher submersa.
Como a xícara de chá, nossos excessos transbordam, nosso equilíbrio fica ameaçado e as atitudes afundam no próprio umbigo.
Isto é quase uma cultura vivida pelo homem moderno.
Excesso de consumo, de contas, poluição (atmosférica, sonora, auditiva e visual), excesso de pensamentos, excitação, trabalho, excesso de ego, de comida, e por aí vai.

O resgate do equilíbrio começa com o autoconhecimento.

Os Celtas, por exemplo, amavam lendas. Havia até uma classe especializada em contos: os bardos e seanachies. Eles memorizavam centenas de lendas para trazer-lhes evolução, bem como propaga-las ao povo.
Depois de memorizados muitos contos, eles partiam para a tarefa mais difícil: contar a sua própria história através de estória.
Era um exercício contínuo para buscar o conhecimento sobre si mesmo.

Não nos parece fácil e, de fato, não é.
O umbigo do “outro” ainda é mais interessante.

Há uma cantora Celta, que gosto muitíssimo, chamada Loreena McKennitt.
Em suas canções ela busca contar estórias e histórias.
Ela dança o que ela canta.
Ela deixa seus excessos esvaírem-se através da canção.

Ouvir além do que se canta pode nos ajudar a esvaziar a xícara cheia.
Pense nisso!

Um comentário:

  1. Ju,
    este vídeo da Loreena é maravilhoso! A chícara estará vazia depois de entendermos a magnitude dessa bela música e intérprete magnífica. Por isso, espero o dia em que falaremos dessas coisas, esvaziando uma chícara de café!
    Com um beijo.

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