terça-feira, 28 de setembro de 2010

MUSICA DIABLO

Rock n roll...
Se eu disser que desde pequenina eu ouço e que isso influenciou todo meu gosto musical, eu estaria mentindo. Meu pai sempre ouviu música caipira de raiz e minha mãe pop/romantica nacional e internacional.
Minha paixão pelo gênero começou por volta de 1990 através da MTV, quando ainda passava um vídeo-clipe melhor que o outro.
Tive, então, contato com as bandas "poodle hair", caracterizadas por roupas esfarrapadas, de oncinhas e zebrinhas. Eu fiquei alucinada por guitarra, bateria e muitos berros.
Conheci Bon Jovi (hoje com composições mais maduras e leves e com a qualidade de sempre) e Europe (que voltou com gás total com o mesmo som característico da banda, mas atualizado)... e até hoje são minhas bandas do coração. Mas não dá pra começar a falar do que gosto. É muita coisa mesmo!

Vamos dizer que essa "farofa" toda me abriu os olhos para um mundo dentro do rock.
Quis conhecer todas as variantes do gênero, fiz um mergulho no passado e imaginei como seria o futuro, visto tantas influências nas bandas ao longo do tempo.
Era uma banda melhor que a outra! Cada qual com suas peculiaridades e vocais diversos... algo maravilhoso. Me apaixonei perdidamente!

No cenário atual nós temos muitas bandas maravilhosas e que raramente tem o espaço merecido. Isso vai do Trash Metal ao Pop Rock. São músicos excelentes que gastam uma grana absurda para investir um pouco mais nos trabalhos e o retorno é sempre demorado.
Temos Tempestt, Outlove, Threat, Ricardo Bocci, Sunseth Midnigh, Tuatha de Danann, etc., que deveriam estar muuuuito mais na mídia, que deveriam ser muuuuito mais reconhecidos, aplaudidos e vistos em shows por aí.
Já ouviram? Sou amiga de alguns desses caras aí, mas garanto que faço jus ao ditado:"amigos, amigos... Negócios à parte". rs*
Eles tocam DEMAIS!!! Procurem no myspace e google!


E eu resolvi escrever no blog hoje porque estava conversando com um cara que gosto muito, que é um grande amigo e que merece ter muito sucesso nessa vida.




ANDRÉ CURCI!



Pensem num cara que respira música há anos e que a faz muito bem?!
Ele é um grande músico e marca presença nas bandas Threat, Unscarred, Metal Attack e Musica Diablo.
Todas elas são fantásticas! Sonoridade e qualidade maravilhosas!






A Musica Diablo vem se destacando no gênero Trash Metal e é composta por músicos de várias bandas, ou seja, força total unida pra fazer um som diferenciado: Derrick Green (SEPULTURA), Ricardo Brigas (TITANIO), Andre NM (NITROMINDS), Edu Nicolini (NITROMINDS)e André Curci (THREAT).
O som é de uma pegada absurda!





Estão tocando aqui e fora do país e cada vez mais o público está curtindo o som da banda. Neste mês eles fizeram um som na Estúdio Showlivre, TV Trama e no Programa Altas Horas... Fora os shows por aí.
Sensacional! Isso é só começo!
Bons músicos e bons profissionais merecem ascensão, e a da Musica Diablo será constante!
Vocês são ver ;-)







Confere aí:

MUSICA DIABLOOOOOO \o/



quarta-feira, 19 de maio de 2010

20 de Maio de 1940 - Inauguração de Auschwitz

Todos já ouviram sobre “a sala de estar dos nazistas”.

A partir de 1940, o governo alemão foi comandado por Adolf Hitler. Essa “gracinha de pessoa” criou vários campos de concentração.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Auschwitz foi o maior, especialmente preparado para receber dez mil prisioneiros poloneses e judeus.
Neste campo de horror, milhares deles foram queimados com ácido, mortos à tiros, carbonizados em fornos elétricos, câmaras de gás, etc., etc., o qual também funcionava como complexos industriais e agrícolas. Os prisioneiros trabalhavam nos campos enquanto seus corpos eram úteis.

Segundo relatos, os nazistas instalaram “fabricas da morte”.

O Holocausto tem muita história triste e interessante para oferecer.

Hoje a história completa 70 anos.
Há muitos deles vivos por aí.
Muita gente, muito historiador e crítico, alemão ou não, de várias raças e credos, acreditam que isso tudo não passou de uma farsa. Que isso foi “coisa de ativista”, “coisas de aliados”...


Não li“O Diário de Anne Frank”, mas pude acompanhar fotos (históricas mesmo, não montagens – como revistas por aí já publicaram) e ler outros livros que relatam o ocorrido. Digo que pode descer vaca voadora do céu... Eu não acredito que isso seja “intriga da oposição”.
Não estive lá. Não sei como foi estar lá... E nem gostaria de saber.
Simplesmente a palavra Auschwitz não me soa bem.
Pode ser uma cultura e até crença gerada pela sociedade, como gato preto que traz má sorte? Pode! E daí?

Não me traz paz e meus pés não tem curiosidade para tocar um chão daqueles só pra saber “onde é que ficava esse campo aí?”
Não me sinto à vontade.
A história me entra de um jeito atravessado.

Mito ou não, prefiro silenciar o dia de hoje e respeitar a verdade que eu acredito.


Filmes:

O Pianista
Noite Neblina
Nuremberg
A Lista de Schindler
Cinzas da Guerra
Conspiração


Livros tem a rodo!
Escolham os bons!

domingo, 16 de maio de 2010

Regravações

Pra quem achava que a idéia do blog era fogo de palha, ressurgindo das cinzas, cá estou!
Foram semanas difíceis, tensas e corridas... Coisas do mundo corporativo.
Acabei de chegar de um trabalho em Curitiba. Isso mesmo! Em pleno sábado.
Essa é minha vida e gosto dela.
Através dessa rotina conheci o país todo. Conheci culturas e pessoas maravilhosas que me ensinaram a ser uma pessoa melhor. Muitas e muitas dessas pessoas sequer trocamos olhares ou dissemos “olá”. É como se minha mente tirasse fotografias, constantemente, de situações presenciadas, de transeuntes perdidos, de animais esquecidos no fim do mundo, de pessoas de poder (que também me mostraram o que eu NÃO quero ser), etc.

95% dessas viagens estou sozinha, mas nunca solitária.
Além dos meus livros (as aquisições deste fim de semana foram “Coaching Eficaz” e “Leitura Dinâmica”... espero que sejam bons, afinal paguei caro por eles), tenho pessoas que me fazem companhia durante o trabalho, tenho as reflexões do que vejo e vivo e, principalmente, tenho a música.

Música.
Esse negócio é vital pra mim.
Rezo para que minha audição continue intacta.
O som das palavras e seus significados, a melodia, o barulho da chuva, dos pássaros, escutar a diferença de um rio em curso e a onda do mar arrebentando nas pedras, os sons do silêncio, a risada gostosa da minha mãe, o “eu te amo” da minha irmã ou a bronca do meu amado pai, o barulho do trânsito que provoca mudanças bruscas no meu comportamento, etc, etc, etc... Isso é tudo na minha vida!

Todo dia isso se reforça a cada vez que ouço algo diferente.
Algo que eu nunca ouvi. E a música faz isso o tempo todo.
Vou dar um exemplo ocorrido hoje.
Voltando de Curitiba, já peguei meu “walkman” (porque sou da geração 80's e, vira e mexe, chamo o MP3 de walkman). Lembrei de ter gravado uma pasta só com regravações e eu ainda não tinha escutado.
Pois bem, soltei o play.
Era um violãozinho bem anos 70, com cara de Johnny Rivers... E a música foi crescendo, entrando outros instrumentos e ficando cada vez melhor. De repente, um gritinho na música e eu um gritinho no táxi... “Isso é John Lennon!”
“The night we met I knew
I needed you so...”
ISSO É JOHN LENNON CANTANDO THE RONEEEEEEETTES, “BE MY BABY”!!!!!!!!!!

Outra pegada, a cara de John Lennon!
Como eu não havia pensado nisso antes?
As meninas cantam de maneira fofinha, apaixonada, dá vontade de namorar.
Lennon colocou tesão no som. Dá vontade de namorar E transar.
Cheguei em casa já vasculhando a internet atrás de informações. Descobri que Ronnie Spector, a ex-vocalista da banda The Ronettes, teve bastante contato com os Beatles. E além disso saber um pouco mais da vida dela, da sua carreira. Vou procurar mais coisas da carreira solo. Vamos ver o que encontro.

Esse é o lance de escutar o que se ouve.
Gera vontade de saber como, por que, quando, quem... e por aí vai.
Escutem regravações. Muita gente tem um preconceito sobre essa questão.
Precisamos escutá-las para saber se são boas ou não.
Tem interpretes, por exemplo, que seria melhor se fossem postes.

Tenho uma lista enorme de regravações para mostrar aqui (um dia eu crio um post sobre isso), mas isso fica para um outro dia.

Inclusive, está rolando a VIRADA CULTURAL em São Paulo.
É muita música boa espalhada pela cidade.
Adoraria, mas o cansaço me vence e, por fim, minha cama me espera.

Um VIVA a música, porque ela tem poder de transformar, curar e ensinar!


Se liga no som!
Com certeza, ao menos, você conhece a original :-)

The Ronettes



John Lennon

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Eu, Malika Oufkir, Prisioneira do Rei


Este é um impressionante relato verídico de Malika, filha de um importante general marroquino que foi condenada a viver em uma masmorra nos confins do Saara por 20 anos.

No ano de 1972, a vida colorida entra para a história como uma das grandes tragédias da humanidade. Quando Malika completa 18 anos e finalmente tem oportunidade de conhecer o significado de liberdade – consegue permissão do rei para voltar à sua casa – é afastada de seu próprio destino. Seu pai, o temido general Mohamed Oufkir, o homem mais poderoso do país depois do rei, tenta um golpe de Estado que muda para sempre o curso da família Oufkir. Ele é assassinado e sua mulher e seus seis filhos (o mais novo com dois anos de idade) são encarcerados no meio do deserto do Saara por 20 anos.

É sofrido, tenso, tocante.





Malika e os irmãos na prisão e as capas dos livros.




“Achava que havia limites para o sofrimento humano. Descobri que não”, relata Malika, que se habituou a conviver com ratos e baratas, comer pão sujo de urina de animais e até a passar meses na mais completa escuridão. Nem doenças ou greves de fome abalaram a postura inflexível do rei. “Nossa sorte não interessava a ninguém”, concluíram os filhos de Mohamed, que tornaram-se adultos sem ter podido ser crianças e hoje, pouco mais de uma década que conquistarem a tão sonhada liberdade, vivem as conseqüências psicológicas da tragédia.

Eu, Malika Oufkir, Prisioneira do Rei situa o leitor na história do Marrocos, com notas de rodapé. Mas é extremamente pessoal, não julga nem se aprofunda demais nas atrocidades cometidas pelo rei ou pelo próprio general Oufkir.

O livro oferece uma lição de vida e a certeza de que viemos ao mundo para aprender.

Vale a pena!
Leia!

Para comprar "Eu , Malika Oufkir , Prisioneira do Rei"
Editora Companhia de Bolso - R$24,00
Saraiva:http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/1798823/Eu-,-Malika-Oufkir-,-Prisioneira-do-Rei-Ed.-De-Bolso

segunda-feira, 29 de março de 2010

Irritação X Irrigação

Tem dias que você acorda querendo matar o primeiro que lhe aparece.
Noutros, você acorda e dorme querendo matar vários.
O dia foi uma briga boa entre seu bom senso e seu descontrole, e não havia motivos aparentes para tanta irritação.
Pode ser a fase da lua, a influência dos cosmos, o “bom dia” falso do colega de trabalho, o amigo que madrugou na sua casa e tomou o único espumante que você tinha, ou ainda a ligação aguardada e não recebida, o dinheiro que não deu, a cobrança da família, a falta do cigarro, dor nas costas, etc, etc, etc.
Entendendo ou não o motivo, a única coisa que você continua querendo é matar um... dois, talvez.

Conceito: aborrecimento passageiro ou um ódio avassalador.

Precisamos controlar a irritação antes que ela nos controle.
A irritação é um sentimento humano completamente normal e, na maioria das vezes, saudável, assim como o estresse. Isso nos motiva a agir com rapidez ao que queremos. Nos impulsiona para a vida.
Se torna um perigo quando perdemos o controle. Isso atrapalha desde o trabalho à qualidade de vida. Pode fazer você se sentir como se estivesse sujeito a um sentimento forte e imprevisível.
Sua frequência cardíaca e a pressão arterial aumentam, bem como os níveis de hormônios responsáveis pela energia do organismo, a adrenalina e a noradrenalina.

O objetivo do controle da irritação é reduzir os distúrbios emocionais e fisiológicos causados por ela. Você não pode se livrar ou evitar as coisas ou as pessoas que chateiam você, nem pode mudá-las, mas pode aprender a controlar as suas reações.

Descubra o que está deixando sua mente e corpo fora de controle.
É imprescindível descobrir a causa.
A minha é de ficar em casa com a perna engessada. Estou insuportável.

Posso tirar o gesso?
Não!
Como diz o Rei Robertão: “Tudo o que eu gosto é ilegal, imoral ou engorda”.

Dicas menos científicas:
Não converse com ninguém – Você pode ser extremamente mal educado.
Não entre no msn ou chats, pois a demora da resposta do outro vai te deixar louco de vontade de bloquear para sempre o, agora, “ex-amigo”.
Não beba, pois uma garrafa é pouco e depois a depressão virá, fatalmente.
Fique longe de tudo o que é cortante.

A irritação é como uma tv mal sintonizada.
Uma infindável chiadeira.

Sonho:
Desligar essa tv!
Ouvir Metallica no último volume.
Desligar telefone, interfone e celulares.
Mandar todo mundo pra casa do “caramba”, arrumar uma briga com meu vizinho imbecil e dar muita porrada nele.
Tirar esse gesso.
Rir até doer a barriga.
Receber um convite de Antonio Banderas para jantar.


Realidade:
Estou sofrendo de insônia, com a perna engessada, afastada do trabalho, uma semana sem fumar (estou parando depois de 18 anos), sem beber, sem sair; Não há mais livros para ler ou filmes em casa para ver; Amigos trabalhando, antena da tv quebrada, dor no joelho, dor nas costas de ficar sentada e deitada; Está chovendo, meu vizinho escutando funk e sem grana pra comprar online.

Eu estou bem!
Nada de irrigar a irritação.
Por acaso, alguém tem o contato do Banderas?

Vou ouvir Metallica e desligar os telefones.
20% de melhora!
Tchau!

sábado, 27 de março de 2010

Minha história com Renato Russo

Hoje vim prestar minha homenagem ao poeta do rock, Renato Russo (27/03/1960 - 11/10/1996).

Poucos dos novos sabem que faço parte da adoração messiânica à Legião Urbana.
Quanto aos antigos, já me ligaram hoje para saber se eu vi as matérias nos sites.

Hoje, dia 27 de Março, ele estaria comemorando 50 anos de idade :-)

A Legião não é, simplesmente, uma banda de rock nacional qualquer. Pra mim ela é a descoberta de um novo mundo.
Me lembro, quando ainda pequena, que ouvia aquela voz grave berrando nas rádios e me arrepiava. Não entendia o que ele queria dizer com "Geração Coca-Cola", mal sabendo que eu também fazia parte dela.
Em 1989 com o quarto álbum da banda, As Quatro Estações, eu já entendia tudo e já sabia todas as letras. Aquela guitarra simples do Dado, as batidas quase previsíveis do Bonfá e os gritos do Renato se desenvolviam com o passar dos anos. Eles ficavam cada vez melhores, as letras cada vez melhores e o público cada vez mais legionário.

Foi nessa época que conheci o rock n roll.
Não existia internet para pesquisar, então minhas fontes eram capas de revistas, televisão e rádio. Ponto!
Via na mídia as camisetas de banda que o Renato usava e comprava as revistas de rock para saber quem era aquele "cara" estampado na camiseta do Renato, ou que banda era aquela.
Beatles eu já conhecia. E quem não conhecia?
Assim fui conhecendo os maiores nomes do rock mundial... "Sex Pistols. Isso é punk? O que mais é punk?"
Fui conhecendo, lendo... mas achava o punk muito agressivo. Preferia a "reinvenção" da Legião Urbana.
Comecei a ouvir mais variantes do rock e, por fim, descobri que era disso que eu gostava.
Meu negócio era guitarra e muitos berros.
Claro, com o amadurecimento, você vai ouvindo tudo e conhecendo música de uma forma geral. Mesmo porque meus pais ouviam músicas dos anos 70, pop 80 e música de raiz.
Desde que me descobri como ser pensante, eu sou alucinada por música.

A Legião me apresentou um outro mundo.
Eu e meus amigos da época, alguns presentes até hoje, ouvíamos muito e tínhamos cada vinil como relíquia.
E com o passar dos anos já compreendíamos como estava se sentindo o nosso Trovador Solitário. Sabíamos se ele estava caminhando com sexo, com as drogas, com rock n roll, ou com sua solidão. E os momentos intrínsecos dele eram super pesados. A gente podia sentir o que ele sentia.

Quando ele resolveu sair do armário já estava numa outra fase. Já sabíamos que ele era soropositivo, gay, alcoolatra e o maior poeta do Brasil. Não nos importava se ele gostava de "Meninos ou Meninas" ou se "Estrani Amore" era o que ele sentia.
A força legionária continuava lá.
Vinhamos sentindo que o Renato estava mais na esquiva do que o normal. Não aparecia mais em tv, quase não fazia shows, gravava álbuns melancólicos e dava uma ou outra entrevista para a Mtv ou revista.

Lembro como se fosse ontem.
Em 1996 minha mãe se sentou na beira da minha cama por volta das 10h da manhã acarinhando meu cabelo: "Filha, acorda. Você está acordada? A mãe precisa te dar uma notícia que vai te deixar muito triste."
Eu acordei devagar, ouvi minha irmã mais velha aos prantos e perguntei: "O que aconteceu? Quem morreu? Não foi o Renato Russo não, né?"

O silêncio da minha mãe foi mortal.
Em questão de 5 minutos o telefone da minha casa começou a tocar. Meus amigos estavam preocupados em como eu havia recebido essa notícia, se eu já estava sabendo ou se eu estava bem. Minha mãe foi incisiva o telefone: "Elas não estão bem. Liguem mais tarde."

Eu fiquei revoltada.
Quebrei um monte de vinil (sobrou só alguns) e rasguei matérias. Por pouco não destruí tudo. Minha mãe correu guardar os CDs e um poster (que hoje está num quadro em casa), afinal pagamos caro por cada um e ela sabia que eu me arrependeria depois.
Mãe sempre tem razão.

No fim de semana seguido do falecimento, eu tomei o maior porre da minha vida.
Chorei por meses.
Virei alvo de chacota de alguns imbecis da escola... "Lá vem a menina de preto chorando por causa do viado".
Na verdade eu cagava pra eles. Cagava um monte!
Eu queria que aquela saudade se transformasse em algo bom.
E seguindo os anos, isso aconteceu.

Comecei a guardar novas matérias, colecionar novos Cds lançados em homenagem, revistas, posters, etc.
Hoje, meu amor por esse cara e essa banda continua. No auge dos meus 30 anos eles continuam me dizendo o que eu preciso ouvir.
Eles me entendem melhor que Clarice Lispector ou Freud... rs.


Fim do ano passado fui fazer um trabalho em Brasília (DF).
Duas amigas que moram lá, Jubby e Fabiana, me avisaram que teria o evento "Porão do Rock".
Topei assistir o show.
Estava rolando Paralamas do Sucesso. Foi bem legal.
De repente olho no telão e quem está sendo homenageado? Claro, o "Rei Nato", como diz Paulo Ricardo (RPM).
As lágrimas já brotavam nos meus olhos. Que saudade! E eu estava na cidade dele!!
Haveria uma banda surpresa naquela noite.
Na hora eu matei: "O Bonfá e o Dado vão tocar!!!!"
Eu quase morri.
Chorei como se eu tivesse 5 anos de idade, mas me senti melhor quando notei que a platéia inteira presente chorava como eu... "Ufa! Não estou sozinha nessa."

Liguei na hora pra minha irmã, que mora em Sorocaba (SP), pra dar a notícia de onde eu estava... quase morreu ao ouvir o que eu disse.
Minha amiga Fabi chorava ao me ver chorando... ahahaha. Coitada.
O último show da Legião Urbana foi em 1995.

Quarta-feira dessa semana, 24.
Quando li num site que o Bonfá e o Dado estariam no programa Altas Horas comemorando o aniversário do Renato Russo, eu fiquei enlouquecida.
Eu liguei na produção do programa e conversei com a produtora.
Ela ficou muito tempo ouvindo minha história, pediu meu telefone e disse que me ligaria pra tentar me encaixar na gravação do programa.

Na quinta-feira, 25, eu descobri que meu joelho estava deslocado
Fui ao médico colocá-lo no lugar e voltei com a perna engessada, cheia de dor.

Na sexta-feira, 26, as 16 horas, a produtora do Altas Horas me liga - "Juliana? Tudo bem? Aqui é fulana do Altas Horas. Onde você está?"
Eu gaguejei e disse que estava em São Bernardo.
"Então vem pra cá agora! Eu consegui um lugar especial pra você. Você é fã, não pode perder!"

Isso foi ontem, 26.
Minha perna continua engessada...
Não tinha grana pro táxi, não tinha carona pra ir até lá e não podia pegar ônibus.
Não fui na gravação.

Perdi a comemoração de aniversário do meu poeta, não estive presente na primeira aparição da banda na tv sem o Renato... Meu coração estava em frangalhos ontem. E hoje também, porque assistirei pela tv com a dor de "era pra eu estar lá".

Nada é por acaso também.
Já foi.

Hoje, dia 27, ele completaria 50 anos de idade.
E completa, digamos assim. Seu legado continua entre nós.

Sei que foi extenso e peço desculpas.
É que há mais de 10 anos que eu não lembrava dele com tanta força.

Força sempre :-)


Esse vídeo foi gravado no Rio em 1994. Um dos últimos shows.
Sempre se esquecendo das letras...rs.
ÍNDIOS.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Vampiros

Sempre gostei de vampiros, desde pequena.
Os contos vampirescos tecem a imaginação de muitas pessoas, a sensualidade que exalam, o sangue que os alimentam, a inteligência e maturidade, a vida eterna, os amores impossíveis, etc.
Eles são encantadores.

Segundo séculos de histórias, eles existiram. Talvez existam.
Não sou nada cética.

Em 1431, na Transilvânia, nascia Vlad Dracula, O Empalador. Ele foi um príncipe e realmente existiu.
Dracula também teve outro nome, Tsepesh (ou Tepes), que significava empalador. Vlad era chamado assim devido à sua propensão para o empalamento, como uma forma de punição para seus inimigos. Empalamento era um método particularmente medonho de execução. A vitima era posta em um cavalo empurrada em direção a estacas polidas e untadas a óleo, de forma a não causar a morte imediata.

Esposas infiéis e mulheres promiscuas foram punidas por Dracula, tendo seus órgãos sexuais cortados, a pele arrancadas enquanto vivas e expostas a publico, com suas peles penduradas próximos aos seus corpos.
Para melhor apreciar o espetáculo, Dracula rotineiramente realizava banquete em frente às suas vitimas, e era um prazer para ele alimentar-se entre os lamentáveis sinais e ruídos de suas vitimas morrendo.

O atual castelo de Dracula fica ao norte da Wallachia, na cidade de Tirgosvite. Vlad Tsepesh aka Dracula morreu em 1476. Algumas histórias contam que ele morreu em uma batalha disfarçado de turco.

A tumba de Dracula fora aberta em 1931, mas estava vazia a não ser por um deteriorado esqueleto, uma coroa de ouro, uma gargantilha com a idéia de uma serpente e fragmentos de traje de seda vermelha, com um sino costurado. Infelizmente seus restos mortais foram roubados do History Museum of Bucharest (Museu Histórico de Bucareste), onde foram depositados.

Este foi bem malvado!
Lembrando que seu nome apenas serviu como inspiração para as primeiras criações, e que desde Nosferatu não se faz analogia com empalamentos.
E isso é um fato histórico.
Há outros fatos mais vampirescos, digamos assim, mas ficaríamos horas aqui.

Eu prefiro a imaginação e os contos. Devendar a alma e os olhos de um vampiro através de filmes e livros é impagável!
Experimente exercitar o olhar do vampiro... No mínimo, você se sentirá duas vezes mais atraente.
Eles se conhecem muito bem, acreditam em si mesmos e são muito corajosos.
Vagam pelo mundo à procura de sangue e amor.

Existem festas temáticas em São Paulo, bares cheios de vampiros (e que acreditam ser de verdade), famílias que vivem como tal, além de saraus e arte vampiresca.

Dicas de autores: Anne Rice, Bram Stoker, André Vianco, Stephenie Meyer, Charlaine Harris, etc.

Filmes: Dracula de Bram Stoker', Entrevista com O Vampiro, A Saga Crepúsculo, Anjos da Noite, Vampiros de John Carpenter, Blade - O Caçador de Vampiros, True Blood, Garotos Perdidos, Nosferatu, A Rainha dos Condenados, etc.


Um dos meus favoritos: Entrevista com O Vampiro

quarta-feira, 17 de março de 2010

Oráculos

Quem nunca teve aquele desejo obscuro de saber sobre o futuro, que atire a primeira pedra.


Os séculos passaram, a sociedade se transformou, o homem viu seu cotidiano e necessidades serem modificados pelas suas próprias mãos, mas algumas coisas parecem ser intransponíveis.

Os chamados Oráculos acompanham a história da humanidade desde seus primeiros relatos e, apesar de terem tido seus significados modificados dentro das sociedades que surgiram, ainda se mantêm como verdadeiros guias e consoladores dos anseios humanos. No mundo contemporâneo, os Oráculos passaram a adquirir não só qualidades preventivas, mas também se tornaram grandes "terapeutas" holísticos, uma vez que o homem moderno parece estar cada vez mais carente de repertório e valores.

Dos mais famosos oráculos da historia podemos citar os gregos, "Oráculo de Delfos", "Oráculo de Apolo" e "Oráculo de Zeus", todos ele influenciaram grandes batalhas da época e foram citados nas grandes epopéias históricas.

Falar da origem da palavra Oráculo é remeter a História Antiga e a diversas culturas e nações que desenvolveram seus rituais clarividentes. Na sua gênese, a palavra Oráculo, oriunda do Latim Oraculu (substantivo masculino), se traduz como resposta de um deus a quem o consultava, ou divindade que respondia a consultas.


Tarot, Runas, Búzios, Numerologia, Cafeomancia, I Ching, Cartomancia, Níqueis e a própria Astrologia, todas essas atividades holísticas fazem parte do conjunto de Oráculos mais conhecidos pela sociedade atual. Cada um deles tem sua origem num país, num momento particular da história e possuem características singulares quanto a sua forma de interferirem na vida humana.

Uma dúvida muito comum diz respeito à credibilidade das previsões tiradas dos Oráculos. Um dos pressupostos respeitados pelos métodos oraculistas é o livre arbítrio humano, dessa forma, eles apenas evidenciam o melhor caminho a ser tomado, sem com isso, definir destinos.


Cuidado com os charlatões.
Eles deturpam o verdadeiro significado e são arrecadadores de dinheiro suado.

Dicas de sites relacionados ao tema:

www.astro.com
www.somostodosum.ig.com.br/testes/interativos.asp
www.casadebruxa.com.br

terça-feira, 9 de março de 2010

Coulrofobia

Existem muitos tipos de fobias e algumas são bem estranhas, mas um dos medos mais comuns que existe é o medo de palhaços. O nome deste tipo de reação traumática com relação a pessoas fantasiadas de palhaços é Coulrofobia.

Não só tenho medo de palhaços, como não posso CHEGAR PERTO de bexigas (balão) também.
Não chego a ter Coulrofobia, mas meu medo de palhaços e bexigas é vergonhoso.

"Ju, você é atriz. Como tem medo dessas coisas?"

É uma resposta que busco há anos. Nem posso dizer que fui influenciada pelo filme IT - O Palhaço Assassino, porque meu medo vem muito antes de colocar meus olhos na telinha.
Não beiro a histeria ou coisa do tipo, mas não me convide para ir ao circo ou assistir uma apresentação de palhaços super engraçados.
Acredite! Não mexerei um canto sequer da minha boca, nem um esboçarei um micro sorriso.
Prefiro distância.
O mesmo já não acontece com clowns. Adoro clowns!
Gargalho até doer a barriga.

Foi publicada a seguinte matéria na Superinteressante de 2008:

"Se você acha que palhaços são criaturas macabras, saiba que não está só: uma pesquisa inglesa feita com 250 crianças mostrou que todas elas têm medo dos ditos-cujos. O estudo feito pela Universidade de Sheffield, pode ter como resultado o fim das figuras de palhaços nas paredes dos hospitais públicos britânicos. Para representantes da categoria o governo está de palhaçada quando fala em remover as pinturas.

O medo de palhaço tem até nome clínico: coulrofobia. Ao deparar-se com cidadãos de cara pintada e sapatos exageradamente grandes, os portadores dessa fobia têm ataques de pânico, perda de fôlego, arritmia cardíaca, suores e náusea..."

Fonte: Marcos Nogueira – Revista Super Interessante Março 2008

Muitos riem da situação, mas o fato é sério!
Fico aliviada em saber que não estou só! (risos)


Enquanto alguns vêem palhaços assim




















Nós os vemos desta maneira:





















A seguir, um vídeo de uma pessoa com Coulrofobia.
Parece exagero, mas os que sofrem com fobias é que sabem...

quarta-feira, 3 de março de 2010

O Poeta Vagabundo

Antes de iniciar este post quero dizer que sou COMPLETAMENTE louca por esse cara e pelo trabalho dele, ou seja, já aviso que é uma postagem de tiéte!
Fiquem à vontade para "mudar de canal" ...rs

A grande maioria das pessoas lembram dele quando ainda era jovenzinho e rebolava nos programas de TV com suas calças grudadas ao corpo.
Eram milhares de meninas berrando seu nome aos prantos, descabeladas e com todas as músicas na ponta da língua. Acompanhado de mais quatro garotos, ele provocava desmaios e muita histeria.

Ele ingressou no mundo artístico em 1984 e por volta de 1988 já estava nas telas de cinema, filme o qual lhe rendeu o prêmio de "Worst New Star For 1988", no Razzie Awards. Mas isso não o agradou o muito. Em sua concepção, o filme estereotipava o povo latino.

Nos anos 90 ele volta ao Brasil com um álbum inteirinho em português para o delírio das fãs (tenho o vinil, claro!) e continua, na mesma década, mostrando a que veio em outros cantos do mundos.
Além da música, mergulhou na arte da pintura e começou a escrever um livro em 1993, cujo protagonista vive no ano de 7069.
Esse meu menino tem muitos dons, mas jamais abandonou a música.

Ele já compôs, também, para muita gente famosa desse mundo.

E sua música continuava sendo feita...
Em 1996 gravou um álbum chamado "Vagabundo" e até hoje é um dos mais bem conceituados álbuns de rock em espanhol.

Ele gravou 14 álbuns em sua carreira solo e 3 DVDs ao vivo, fora os do grupo de infância, que somam mais 10 álbuns!

Seu último álbum chama-se Amor Vincit Omnia, que lhe rendeu o Grammy Latino de melhor álbum de rock.
Ele é demais! ...rs

Robert Edward Rosa Suárez, nasceu em 27 de Junho 1969. É americano, mas se considera Portoriquenho.

Ainda não descobriu?
Olha ele aqui!



Robi dos Menudo.














Draco Rosa hoje!























Esta é uma das minhas músicas favoritas: Como Me Acuerdo



domingo, 21 de fevereiro de 2010

Atlântida


Segundo consta, a origem da iniciação e dos mundos subterrâneos se deu na época da queda da Atlântida, quando os deuses conviviam com os homens e estes haviam atingido um alto grau de civilização.
Atlântida foi um continente existente há milhares de anos. Hoje "está" submerso nas profundezas frias e escuras do oceano Atlântico, e continua sendo um dos mistérios mais intrigantes da História.
P.S.: Foto do Google Earth.

Segundo estudos e diálogos, houve um poderoso império localizado a oeste dos “Pilares de Hércules”, o qual conhecemos por Estreito de Gibraltar.
Foi uma nação estabelecida por Poseidon (Deus do Mar) e governada por seus filhos.
Bem no centro havia um monte, e no topo do monte um templo para Poseidon.
Segundo estudos, dizem que a Atlântida passou por três destruições: a primeira foi em torno de 50.000 a.C. - Um violento terremoto agitou a terra, ondas gigantes vieram sobre as costas e parte da ilha afundou no mar. A segunda destruição foi motivada pela mudança de eixo da terra, que ocorreu em torno de 28.000 a.C., quando outra parte do continente afundou restando apenas algumas ilhas que ligavam o continente Atlante à América do Norte. E a terceira foi exatamente onde floresceu a civilização citada por Platão e que por fim foi afundada, em uma só noite, restando apenas as partes mais elevadas que corresponde aos Açores descrita pelo próprio filósofo.


De acordo com Platão, responsável pela propagação da mítica Atlântida, a história é real. Ele alegava que Poseidon teve cinco pares de gêmeos com mulheres mortais e destinou seu filho mais velho, Atlas, como governador desta ilha. Descreveu, ainda, como uma vasta ilha-continente rodeada pelo Oceano Atlântico. A palavra grega Atlantis (Atlântida) significa Ilha de Atlas, assim como a palavra Atlântico significa o Oceano de Atlas.


Edgar Cayce (1877-1945) tornou-se o mais proeminente defensor da existência da Atlântida. Amplamente conhecido como o Profeta Adormecido, Cayce tinha capacidade de ver o futuro e de se comunicar com os mortos. Ele identificou centenas de pessoas, incluindo ele mesmo, como atlantes reencarnados.
Cayce profetizou que parte da Atlântida viria para a superfície novamente em 1968 ou 1969, mas não foi encontrada nenhuma evidência de tal previsão.

Atualmente as pessoas vêem a Atlântida como uma lenda fascinante. Indaga-se do por que de tanto fascínio... O que acontece é que, ao analisar a história antiga da humanidade, vê-se que falta uma peça que completa toda essa história.
Muitos estudiosos tentam esconder a verdade com medo de ter que reescrever todos os dados antigos, rever conceitos oficialmente aceitos. Mas eles não explicam como foram construídas as pirâmides, artefatos, monumentos e achados arqueológicos encontrados na Ásia, África e Américas. Até hoje isso é um enigma.

History Channel Parte I



History Channel Parte II



History Channel Parte III


History Channel Parte IV


History Channel Parte V


No site “mistérios antigos" (http://www.misteriosantigos.com/atlantida.htm) é possível encontrar mais informações sobre o continente Atlante.
É um site que, especialmente, gosto muito.
Para os amantes de culturas antigas, civilizações, religiões e mistérios do mundo, fica aqui minha dica.

P.S.: “Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia.” William Shakespeare.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Cultura Mochica

Hoje a postagem, breve, é dedicada à Civilização Mochica.

Conhecem os Índios Moche?
Gosta de cerâmica e realismo?
Dá uma lida!

Os Mochicas revolucionaram o modo de vida na América Andina. A cultura nos é lembrada a todo o momento através de cerâmicas que reproduziam, com muito realismo, as expressões dos humanos, tais como alegria, tristeza, ódio, prazer, etc. Toda a cerâmica encontrada nos dias atuais é um reflexo do que foi apresentado lááá tras, no Peru.


Os índios Moche surgiram no norte do Peru 100 a. C e deixaram traços na cultura Inca através de religião, de prazeres, sacrifícios humanos, pesca, caça e peças de cerâmica. Não se sabe quase nada sobre linguagem ou escrita dos Mochicas, mas eles deixaram um vasto e rico conteúdo cultural.


A Huaca del Sol é uma pirâmide enorme que se situa Rio Moche. Foi a maior estrutura arquitetônica pré-colombiana construída no Peru e quase foi destruída por completo pelos conquistadores espanhóis, devido a existência de ouro enterrado nas tumbas encerradas na pirâmide.
Na cidade de Tucume ainda há 26 pirâmides abertas (parcialmente) para visitação.

A Huaca de La Luna é um sítio Mochica e, este, continua intacto preservando a icografia cerâmica e murais coloridos.
A religião entra aqui – La Luna. Possuíam altíssimos conhecimentos sobre as fases da lua e se guiavam espiritualmente por ela. Acreditavam também que a morte era um passo maravilhoso para “subir, aprender e descer novamente”.

(Sub-texto) Ah, senhora Lua... e quem não te venera?

Cuzco e Machu Picchu são os mais visitados pelos turistas.
Para quem quer se aventurar pelo Peru, já pode incluir no roteiro a visitação aos sítios Mochicas.


P.S.: Eu fico pensando... Minha vontade é de sair “cavucando” cada pedaço de chão desse mundo e aprender todas formas de comunicação e linguagens.
Infelizmente morrerei com essa vontade, mas ainda bem que existem os livros!


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Contra o abandono de animais.

Hoje presenciei uma cena detestável: um senhor praguejando e dizendo barbaridades para um PitBull e seu dono porque estavam dando uma voltinha na rua.
O cão estava de focinheira e bem comportado ao lado do seu dono, o qual CAGOU e ANDOU (o dono, não o cão... rs) para os comentários de mau gosto daquele pobre velhinho.

Eu tenho 15 cachorros e digo-lhes que eles são como filhos.

Crianças aprendem a se comunicar através da associação de sons, objetos e idéias. Dessa forma, elas aprendem o significado das coisas antes mesmo da fala.
O mesmo acontece com os cães.
A diferença entre eles é que um aprende a falar e o outro não. A compreensão também é diferente. Por isso o PitBull não pôde revidar às duras palavras, mas digo-lhes que, certamente, ele sentiu maus presságios dentro do seu coração. Energia!

Por que o cão vai atrás da bolinha para pegá-la depois que você a joga?
Porque ele aprendeu isso com você! O estímulo dele é outro: “Depois que eu pegar a bolinha eu vou ganhar muito carinho e um petisco bem gostoso!”
Ele é condicionado a fazer isso.
E o dia que ele não sai correndo atrás da bolinha quando você a lança no quintal?
Esteja certo que alguma outra coisa está acontecendo ou a atenção dele está em outro lugar.

Os cães não compreendem alguns conceitos abstratos e nem entendem de política, mas eles sabem quando você está triste, feliz, agitado, etc. Sentem isso através do seu comportamento, e quando você chora ele acompanha, em silêncio e com muitas lambidas, o seu momento de dor.
Certos estudos mostram que os cachorros reconhecem os gestos humanos como pistas melhor que outros animais, como os macacos de grande porte, por exemplo. Assim, quando os cães parecem compreender nossas palavras, eles na verdade apenas lêem a nossa linguagem corporal ou nosso tom de voz.

Cães são muito inteligentes e jamais têm a intenção de nos desapontar. Eles não conhecem a maldade, só o instinto.
Quando nos esquecemos de dar-lhes comida ou água, eles pedem. Quando estamos bravos, eles nos respeitam e saem com as orelhas baixas. Quando damos uns tapas no bumbum deles porque fizeram uma travessura, eles têm consciência de que aprontaram e mesmo assim ficam olhando de longe esperando que nós os chamemos de volta pra receberem carinho...

Seu cão te ama incondicionalmente, do jeito que você é, com todo seu mau humor e mau hálito matutino, com seus esquecimentos e paranóias do dia-a-dia.
Ele é como uma criança.
Ele depende da educação e do amor que você oferece.
O cão é a cara do dono.
Tal pai, tal filho.

Não abandone essas crianças e nem deseje-lhes o mal. Eles são nossos melhores e mais fiéis amigos. São anjos que curam nossos corações.

Contra o abandono de animais:

1)


2)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Mistura explosiva

Há duas coisas que amo muito: Rock and roll e Literatura.
Ambas são instigantes, polêmicas e controversas.
Muitos não conseguem notar o "casamento perfeito" entre a paulada no ouvido e silêncio das páginas.
Pra quem acredita que heavy metal só faz barulho, está na hora de mudar a visão e a audição sobre o gênero.
(P.S.: Vale lembrar que quando você filtra o que ouve o intelecto te agradece)

Quero lembrá-los de que rock and roll é uma expressão maravilhosa da arte clássica e moderna, e muitas bandas do gênero baseiam seus logotipos, canções, figurinos, etc., na literatura.
Tolkien é o inspirador campeão de muitas bandas, mas não falarei dele.

Adentremos, então, às profundezas do rock and roll e da literatura.
Vou citar um poeta inglês, Samuel Taylor Coleridge, que escreveu "The Rime of the Ancient Mariner" (A Balada do Velho Marinheiro, escrita em 1800). Trata-se de um poema pra lá de extenso, e lindo, que revolucionou a literatura na Inglaterra

A linguagem é sombria, fantasmagórica, onde conta as experiências de um marinheiro durante uma longa viagem no mar. Este marinheiro mata um pássaro, o qual fazia companhia aos tripulantes e ganhara o apreço dos mesmos. A partir do crime, eventos sobrenaturais desencadeiam uma série de perseguições contra a viagem. E como se não bastassem tais acontecimentos, eles encontram um barco fantasma que carrega à bordo duas figuras muito sinistras: "A Morte" e o "Pesadelo da Vida na Morte", os quais se aproveitam das circunstâncias e apostam, entre si, a vida da tripulação através de um jogo de dados.
(...)
Obviamente que não postarei o desfecho do poema.
Eu sou uma grande incentivadora da leitura :-)

"Devemos amar todas as coisas que Deus fez". Eis a mensagem!

O Poema: http://www.redutoliterario.hpg.ig.com.br/poesia/coleridge2.htm

Agora imaginem a maior banda de heavy metal de todos os tempos fazendo uma adaptação deste poema para uma canção homônima no álbum "Powerslave"?!
Sintam o frênesi!
Senhoras e Senhores,
Iron Maiden!

O Som:

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sua xícara de chá.

Todo excesso precisa ser reduzido.
Uma xícara de chá, por exemplo: quando muito cheia, torrões ou colheres de açúcar provocam o derramamento do chá. O pires fica alagado e a colher submersa.
Como a xícara de chá, nossos excessos transbordam, nosso equilíbrio fica ameaçado e as atitudes afundam no próprio umbigo.
Isto é quase uma cultura vivida pelo homem moderno.
Excesso de consumo, de contas, poluição (atmosférica, sonora, auditiva e visual), excesso de pensamentos, excitação, trabalho, excesso de ego, de comida, e por aí vai.

O resgate do equilíbrio começa com o autoconhecimento.

Os Celtas, por exemplo, amavam lendas. Havia até uma classe especializada em contos: os bardos e seanachies. Eles memorizavam centenas de lendas para trazer-lhes evolução, bem como propaga-las ao povo.
Depois de memorizados muitos contos, eles partiam para a tarefa mais difícil: contar a sua própria história através de estória.
Era um exercício contínuo para buscar o conhecimento sobre si mesmo.

Não nos parece fácil e, de fato, não é.
O umbigo do “outro” ainda é mais interessante.

Há uma cantora Celta, que gosto muitíssimo, chamada Loreena McKennitt.
Em suas canções ela busca contar estórias e histórias.
Ela dança o que ela canta.
Ela deixa seus excessos esvaírem-se através da canção.

Ouvir além do que se canta pode nos ajudar a esvaziar a xícara cheia.
Pense nisso!

domingo, 31 de janeiro de 2010

O princípio.


Aos 30 anos, com o retorno de saturno fazendo algazarra, resolvi dividir percepções e experiências... Quase nunca serão minhas.
Não tenho a intenção de fazer do blog um divã, mas quero resgatar as curiosidades pelo belo.
P.S.: O belo é relativo. Não encare com frieza aquilo que lhe parece estranho. Exercite a visão sobre as coisas

Este é um post de apresentação e, portanto, não vou me estender além de um "olá".
Adiante, quero trazer à tona histórias perdidas e estórias do mundo.
Não acredito em palavras vazias, para isso temos a veracidade do silêncio.
A idéia aqui é trazer cultura, motivação, reflexão e curiosidades.

Que soem como ecos as jornadas descritas aqui e que todos aprendam com aquilo que lhes é diferente ou há muito esquecido.
Bem vindos! :-)