
Este é um impressionante relato verídico de Malika, filha de um importante general marroquino que foi condenada a viver em uma masmorra nos confins do Saara por 20 anos.
No ano de 1972, a vida colorida entra para a história como uma das grandes tragédias da humanidade. Quando Malika completa 18 anos e finalmente tem oportunidade de conhecer o significado de liberdade – consegue permissão do rei para voltar à sua casa – é afastada de seu próprio destino. Seu pai, o temido general Mohamed Oufkir, o homem mais poderoso do país depois do rei, tenta um golpe de Estado que muda para sempre o curso da família Oufkir. Ele é assassinado e sua mulher e seus seis filhos (o mais novo com dois anos de idade) são encarcerados no meio do deserto do Saara por 20 anos.
É sofrido, tenso, tocante.

Malika e os irmãos na prisão e as capas dos livros.
“Achava que havia limites para o sofrimento humano. Descobri que não”, relata Malika, que se habituou a conviver com ratos e baratas, comer pão sujo de urina de animais e até a passar meses na mais completa escuridão. Nem doenças ou greves de fome abalaram a postura inflexível do rei. “Nossa sorte não interessava a ninguém”, concluíram os filhos de Mohamed, que tornaram-se adultos sem ter podido ser crianças e hoje, pouco mais de uma década que conquistarem a tão sonhada liberdade, vivem as conseqüências psicológicas da tragédia.
Eu, Malika Oufkir, Prisioneira do Rei situa o leitor na história do Marrocos, com notas de rodapé. Mas é extremamente pessoal, não julga nem se aprofunda demais nas atrocidades cometidas pelo rei ou pelo próprio general Oufkir.
O livro oferece uma lição de vida e a certeza de que viemos ao mundo para aprender.
Vale a pena!
Leia!
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