terça-feira, 28 de setembro de 2010

MUSICA DIABLO

Rock n roll...
Se eu disser que desde pequenina eu ouço e que isso influenciou todo meu gosto musical, eu estaria mentindo. Meu pai sempre ouviu música caipira de raiz e minha mãe pop/romantica nacional e internacional.
Minha paixão pelo gênero começou por volta de 1990 através da MTV, quando ainda passava um vídeo-clipe melhor que o outro.
Tive, então, contato com as bandas "poodle hair", caracterizadas por roupas esfarrapadas, de oncinhas e zebrinhas. Eu fiquei alucinada por guitarra, bateria e muitos berros.
Conheci Bon Jovi (hoje com composições mais maduras e leves e com a qualidade de sempre) e Europe (que voltou com gás total com o mesmo som característico da banda, mas atualizado)... e até hoje são minhas bandas do coração. Mas não dá pra começar a falar do que gosto. É muita coisa mesmo!

Vamos dizer que essa "farofa" toda me abriu os olhos para um mundo dentro do rock.
Quis conhecer todas as variantes do gênero, fiz um mergulho no passado e imaginei como seria o futuro, visto tantas influências nas bandas ao longo do tempo.
Era uma banda melhor que a outra! Cada qual com suas peculiaridades e vocais diversos... algo maravilhoso. Me apaixonei perdidamente!

No cenário atual nós temos muitas bandas maravilhosas e que raramente tem o espaço merecido. Isso vai do Trash Metal ao Pop Rock. São músicos excelentes que gastam uma grana absurda para investir um pouco mais nos trabalhos e o retorno é sempre demorado.
Temos Tempestt, Outlove, Threat, Ricardo Bocci, Sunseth Midnigh, Tuatha de Danann, etc., que deveriam estar muuuuito mais na mídia, que deveriam ser muuuuito mais reconhecidos, aplaudidos e vistos em shows por aí.
Já ouviram? Sou amiga de alguns desses caras aí, mas garanto que faço jus ao ditado:"amigos, amigos... Negócios à parte". rs*
Eles tocam DEMAIS!!! Procurem no myspace e google!


E eu resolvi escrever no blog hoje porque estava conversando com um cara que gosto muito, que é um grande amigo e que merece ter muito sucesso nessa vida.




ANDRÉ CURCI!



Pensem num cara que respira música há anos e que a faz muito bem?!
Ele é um grande músico e marca presença nas bandas Threat, Unscarred, Metal Attack e Musica Diablo.
Todas elas são fantásticas! Sonoridade e qualidade maravilhosas!






A Musica Diablo vem se destacando no gênero Trash Metal e é composta por músicos de várias bandas, ou seja, força total unida pra fazer um som diferenciado: Derrick Green (SEPULTURA), Ricardo Brigas (TITANIO), Andre NM (NITROMINDS), Edu Nicolini (NITROMINDS)e André Curci (THREAT).
O som é de uma pegada absurda!





Estão tocando aqui e fora do país e cada vez mais o público está curtindo o som da banda. Neste mês eles fizeram um som na Estúdio Showlivre, TV Trama e no Programa Altas Horas... Fora os shows por aí.
Sensacional! Isso é só começo!
Bons músicos e bons profissionais merecem ascensão, e a da Musica Diablo será constante!
Vocês são ver ;-)







Confere aí:

MUSICA DIABLOOOOOO \o/



quarta-feira, 19 de maio de 2010

20 de Maio de 1940 - Inauguração de Auschwitz

Todos já ouviram sobre “a sala de estar dos nazistas”.

A partir de 1940, o governo alemão foi comandado por Adolf Hitler. Essa “gracinha de pessoa” criou vários campos de concentração.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Auschwitz foi o maior, especialmente preparado para receber dez mil prisioneiros poloneses e judeus.
Neste campo de horror, milhares deles foram queimados com ácido, mortos à tiros, carbonizados em fornos elétricos, câmaras de gás, etc., etc., o qual também funcionava como complexos industriais e agrícolas. Os prisioneiros trabalhavam nos campos enquanto seus corpos eram úteis.

Segundo relatos, os nazistas instalaram “fabricas da morte”.

O Holocausto tem muita história triste e interessante para oferecer.

Hoje a história completa 70 anos.
Há muitos deles vivos por aí.
Muita gente, muito historiador e crítico, alemão ou não, de várias raças e credos, acreditam que isso tudo não passou de uma farsa. Que isso foi “coisa de ativista”, “coisas de aliados”...


Não li“O Diário de Anne Frank”, mas pude acompanhar fotos (históricas mesmo, não montagens – como revistas por aí já publicaram) e ler outros livros que relatam o ocorrido. Digo que pode descer vaca voadora do céu... Eu não acredito que isso seja “intriga da oposição”.
Não estive lá. Não sei como foi estar lá... E nem gostaria de saber.
Simplesmente a palavra Auschwitz não me soa bem.
Pode ser uma cultura e até crença gerada pela sociedade, como gato preto que traz má sorte? Pode! E daí?

Não me traz paz e meus pés não tem curiosidade para tocar um chão daqueles só pra saber “onde é que ficava esse campo aí?”
Não me sinto à vontade.
A história me entra de um jeito atravessado.

Mito ou não, prefiro silenciar o dia de hoje e respeitar a verdade que eu acredito.


Filmes:

O Pianista
Noite Neblina
Nuremberg
A Lista de Schindler
Cinzas da Guerra
Conspiração


Livros tem a rodo!
Escolham os bons!

domingo, 16 de maio de 2010

Regravações

Pra quem achava que a idéia do blog era fogo de palha, ressurgindo das cinzas, cá estou!
Foram semanas difíceis, tensas e corridas... Coisas do mundo corporativo.
Acabei de chegar de um trabalho em Curitiba. Isso mesmo! Em pleno sábado.
Essa é minha vida e gosto dela.
Através dessa rotina conheci o país todo. Conheci culturas e pessoas maravilhosas que me ensinaram a ser uma pessoa melhor. Muitas e muitas dessas pessoas sequer trocamos olhares ou dissemos “olá”. É como se minha mente tirasse fotografias, constantemente, de situações presenciadas, de transeuntes perdidos, de animais esquecidos no fim do mundo, de pessoas de poder (que também me mostraram o que eu NÃO quero ser), etc.

95% dessas viagens estou sozinha, mas nunca solitária.
Além dos meus livros (as aquisições deste fim de semana foram “Coaching Eficaz” e “Leitura Dinâmica”... espero que sejam bons, afinal paguei caro por eles), tenho pessoas que me fazem companhia durante o trabalho, tenho as reflexões do que vejo e vivo e, principalmente, tenho a música.

Música.
Esse negócio é vital pra mim.
Rezo para que minha audição continue intacta.
O som das palavras e seus significados, a melodia, o barulho da chuva, dos pássaros, escutar a diferença de um rio em curso e a onda do mar arrebentando nas pedras, os sons do silêncio, a risada gostosa da minha mãe, o “eu te amo” da minha irmã ou a bronca do meu amado pai, o barulho do trânsito que provoca mudanças bruscas no meu comportamento, etc, etc, etc... Isso é tudo na minha vida!

Todo dia isso se reforça a cada vez que ouço algo diferente.
Algo que eu nunca ouvi. E a música faz isso o tempo todo.
Vou dar um exemplo ocorrido hoje.
Voltando de Curitiba, já peguei meu “walkman” (porque sou da geração 80's e, vira e mexe, chamo o MP3 de walkman). Lembrei de ter gravado uma pasta só com regravações e eu ainda não tinha escutado.
Pois bem, soltei o play.
Era um violãozinho bem anos 70, com cara de Johnny Rivers... E a música foi crescendo, entrando outros instrumentos e ficando cada vez melhor. De repente, um gritinho na música e eu um gritinho no táxi... “Isso é John Lennon!”
“The night we met I knew
I needed you so...”
ISSO É JOHN LENNON CANTANDO THE RONEEEEEEETTES, “BE MY BABY”!!!!!!!!!!

Outra pegada, a cara de John Lennon!
Como eu não havia pensado nisso antes?
As meninas cantam de maneira fofinha, apaixonada, dá vontade de namorar.
Lennon colocou tesão no som. Dá vontade de namorar E transar.
Cheguei em casa já vasculhando a internet atrás de informações. Descobri que Ronnie Spector, a ex-vocalista da banda The Ronettes, teve bastante contato com os Beatles. E além disso saber um pouco mais da vida dela, da sua carreira. Vou procurar mais coisas da carreira solo. Vamos ver o que encontro.

Esse é o lance de escutar o que se ouve.
Gera vontade de saber como, por que, quando, quem... e por aí vai.
Escutem regravações. Muita gente tem um preconceito sobre essa questão.
Precisamos escutá-las para saber se são boas ou não.
Tem interpretes, por exemplo, que seria melhor se fossem postes.

Tenho uma lista enorme de regravações para mostrar aqui (um dia eu crio um post sobre isso), mas isso fica para um outro dia.

Inclusive, está rolando a VIRADA CULTURAL em São Paulo.
É muita música boa espalhada pela cidade.
Adoraria, mas o cansaço me vence e, por fim, minha cama me espera.

Um VIVA a música, porque ela tem poder de transformar, curar e ensinar!


Se liga no som!
Com certeza, ao menos, você conhece a original :-)

The Ronettes



John Lennon

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Eu, Malika Oufkir, Prisioneira do Rei


Este é um impressionante relato verídico de Malika, filha de um importante general marroquino que foi condenada a viver em uma masmorra nos confins do Saara por 20 anos.

No ano de 1972, a vida colorida entra para a história como uma das grandes tragédias da humanidade. Quando Malika completa 18 anos e finalmente tem oportunidade de conhecer o significado de liberdade – consegue permissão do rei para voltar à sua casa – é afastada de seu próprio destino. Seu pai, o temido general Mohamed Oufkir, o homem mais poderoso do país depois do rei, tenta um golpe de Estado que muda para sempre o curso da família Oufkir. Ele é assassinado e sua mulher e seus seis filhos (o mais novo com dois anos de idade) são encarcerados no meio do deserto do Saara por 20 anos.

É sofrido, tenso, tocante.





Malika e os irmãos na prisão e as capas dos livros.




“Achava que havia limites para o sofrimento humano. Descobri que não”, relata Malika, que se habituou a conviver com ratos e baratas, comer pão sujo de urina de animais e até a passar meses na mais completa escuridão. Nem doenças ou greves de fome abalaram a postura inflexível do rei. “Nossa sorte não interessava a ninguém”, concluíram os filhos de Mohamed, que tornaram-se adultos sem ter podido ser crianças e hoje, pouco mais de uma década que conquistarem a tão sonhada liberdade, vivem as conseqüências psicológicas da tragédia.

Eu, Malika Oufkir, Prisioneira do Rei situa o leitor na história do Marrocos, com notas de rodapé. Mas é extremamente pessoal, não julga nem se aprofunda demais nas atrocidades cometidas pelo rei ou pelo próprio general Oufkir.

O livro oferece uma lição de vida e a certeza de que viemos ao mundo para aprender.

Vale a pena!
Leia!

Para comprar "Eu , Malika Oufkir , Prisioneira do Rei"
Editora Companhia de Bolso - R$24,00
Saraiva:http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/1798823/Eu-,-Malika-Oufkir-,-Prisioneira-do-Rei-Ed.-De-Bolso

segunda-feira, 29 de março de 2010

Irritação X Irrigação

Tem dias que você acorda querendo matar o primeiro que lhe aparece.
Noutros, você acorda e dorme querendo matar vários.
O dia foi uma briga boa entre seu bom senso e seu descontrole, e não havia motivos aparentes para tanta irritação.
Pode ser a fase da lua, a influência dos cosmos, o “bom dia” falso do colega de trabalho, o amigo que madrugou na sua casa e tomou o único espumante que você tinha, ou ainda a ligação aguardada e não recebida, o dinheiro que não deu, a cobrança da família, a falta do cigarro, dor nas costas, etc, etc, etc.
Entendendo ou não o motivo, a única coisa que você continua querendo é matar um... dois, talvez.

Conceito: aborrecimento passageiro ou um ódio avassalador.

Precisamos controlar a irritação antes que ela nos controle.
A irritação é um sentimento humano completamente normal e, na maioria das vezes, saudável, assim como o estresse. Isso nos motiva a agir com rapidez ao que queremos. Nos impulsiona para a vida.
Se torna um perigo quando perdemos o controle. Isso atrapalha desde o trabalho à qualidade de vida. Pode fazer você se sentir como se estivesse sujeito a um sentimento forte e imprevisível.
Sua frequência cardíaca e a pressão arterial aumentam, bem como os níveis de hormônios responsáveis pela energia do organismo, a adrenalina e a noradrenalina.

O objetivo do controle da irritação é reduzir os distúrbios emocionais e fisiológicos causados por ela. Você não pode se livrar ou evitar as coisas ou as pessoas que chateiam você, nem pode mudá-las, mas pode aprender a controlar as suas reações.

Descubra o que está deixando sua mente e corpo fora de controle.
É imprescindível descobrir a causa.
A minha é de ficar em casa com a perna engessada. Estou insuportável.

Posso tirar o gesso?
Não!
Como diz o Rei Robertão: “Tudo o que eu gosto é ilegal, imoral ou engorda”.

Dicas menos científicas:
Não converse com ninguém – Você pode ser extremamente mal educado.
Não entre no msn ou chats, pois a demora da resposta do outro vai te deixar louco de vontade de bloquear para sempre o, agora, “ex-amigo”.
Não beba, pois uma garrafa é pouco e depois a depressão virá, fatalmente.
Fique longe de tudo o que é cortante.

A irritação é como uma tv mal sintonizada.
Uma infindável chiadeira.

Sonho:
Desligar essa tv!
Ouvir Metallica no último volume.
Desligar telefone, interfone e celulares.
Mandar todo mundo pra casa do “caramba”, arrumar uma briga com meu vizinho imbecil e dar muita porrada nele.
Tirar esse gesso.
Rir até doer a barriga.
Receber um convite de Antonio Banderas para jantar.


Realidade:
Estou sofrendo de insônia, com a perna engessada, afastada do trabalho, uma semana sem fumar (estou parando depois de 18 anos), sem beber, sem sair; Não há mais livros para ler ou filmes em casa para ver; Amigos trabalhando, antena da tv quebrada, dor no joelho, dor nas costas de ficar sentada e deitada; Está chovendo, meu vizinho escutando funk e sem grana pra comprar online.

Eu estou bem!
Nada de irrigar a irritação.
Por acaso, alguém tem o contato do Banderas?

Vou ouvir Metallica e desligar os telefones.
20% de melhora!
Tchau!

sábado, 27 de março de 2010

Minha história com Renato Russo

Hoje vim prestar minha homenagem ao poeta do rock, Renato Russo (27/03/1960 - 11/10/1996).

Poucos dos novos sabem que faço parte da adoração messiânica à Legião Urbana.
Quanto aos antigos, já me ligaram hoje para saber se eu vi as matérias nos sites.

Hoje, dia 27 de Março, ele estaria comemorando 50 anos de idade :-)

A Legião não é, simplesmente, uma banda de rock nacional qualquer. Pra mim ela é a descoberta de um novo mundo.
Me lembro, quando ainda pequena, que ouvia aquela voz grave berrando nas rádios e me arrepiava. Não entendia o que ele queria dizer com "Geração Coca-Cola", mal sabendo que eu também fazia parte dela.
Em 1989 com o quarto álbum da banda, As Quatro Estações, eu já entendia tudo e já sabia todas as letras. Aquela guitarra simples do Dado, as batidas quase previsíveis do Bonfá e os gritos do Renato se desenvolviam com o passar dos anos. Eles ficavam cada vez melhores, as letras cada vez melhores e o público cada vez mais legionário.

Foi nessa época que conheci o rock n roll.
Não existia internet para pesquisar, então minhas fontes eram capas de revistas, televisão e rádio. Ponto!
Via na mídia as camisetas de banda que o Renato usava e comprava as revistas de rock para saber quem era aquele "cara" estampado na camiseta do Renato, ou que banda era aquela.
Beatles eu já conhecia. E quem não conhecia?
Assim fui conhecendo os maiores nomes do rock mundial... "Sex Pistols. Isso é punk? O que mais é punk?"
Fui conhecendo, lendo... mas achava o punk muito agressivo. Preferia a "reinvenção" da Legião Urbana.
Comecei a ouvir mais variantes do rock e, por fim, descobri que era disso que eu gostava.
Meu negócio era guitarra e muitos berros.
Claro, com o amadurecimento, você vai ouvindo tudo e conhecendo música de uma forma geral. Mesmo porque meus pais ouviam músicas dos anos 70, pop 80 e música de raiz.
Desde que me descobri como ser pensante, eu sou alucinada por música.

A Legião me apresentou um outro mundo.
Eu e meus amigos da época, alguns presentes até hoje, ouvíamos muito e tínhamos cada vinil como relíquia.
E com o passar dos anos já compreendíamos como estava se sentindo o nosso Trovador Solitário. Sabíamos se ele estava caminhando com sexo, com as drogas, com rock n roll, ou com sua solidão. E os momentos intrínsecos dele eram super pesados. A gente podia sentir o que ele sentia.

Quando ele resolveu sair do armário já estava numa outra fase. Já sabíamos que ele era soropositivo, gay, alcoolatra e o maior poeta do Brasil. Não nos importava se ele gostava de "Meninos ou Meninas" ou se "Estrani Amore" era o que ele sentia.
A força legionária continuava lá.
Vinhamos sentindo que o Renato estava mais na esquiva do que o normal. Não aparecia mais em tv, quase não fazia shows, gravava álbuns melancólicos e dava uma ou outra entrevista para a Mtv ou revista.

Lembro como se fosse ontem.
Em 1996 minha mãe se sentou na beira da minha cama por volta das 10h da manhã acarinhando meu cabelo: "Filha, acorda. Você está acordada? A mãe precisa te dar uma notícia que vai te deixar muito triste."
Eu acordei devagar, ouvi minha irmã mais velha aos prantos e perguntei: "O que aconteceu? Quem morreu? Não foi o Renato Russo não, né?"

O silêncio da minha mãe foi mortal.
Em questão de 5 minutos o telefone da minha casa começou a tocar. Meus amigos estavam preocupados em como eu havia recebido essa notícia, se eu já estava sabendo ou se eu estava bem. Minha mãe foi incisiva o telefone: "Elas não estão bem. Liguem mais tarde."

Eu fiquei revoltada.
Quebrei um monte de vinil (sobrou só alguns) e rasguei matérias. Por pouco não destruí tudo. Minha mãe correu guardar os CDs e um poster (que hoje está num quadro em casa), afinal pagamos caro por cada um e ela sabia que eu me arrependeria depois.
Mãe sempre tem razão.

No fim de semana seguido do falecimento, eu tomei o maior porre da minha vida.
Chorei por meses.
Virei alvo de chacota de alguns imbecis da escola... "Lá vem a menina de preto chorando por causa do viado".
Na verdade eu cagava pra eles. Cagava um monte!
Eu queria que aquela saudade se transformasse em algo bom.
E seguindo os anos, isso aconteceu.

Comecei a guardar novas matérias, colecionar novos Cds lançados em homenagem, revistas, posters, etc.
Hoje, meu amor por esse cara e essa banda continua. No auge dos meus 30 anos eles continuam me dizendo o que eu preciso ouvir.
Eles me entendem melhor que Clarice Lispector ou Freud... rs.


Fim do ano passado fui fazer um trabalho em Brasília (DF).
Duas amigas que moram lá, Jubby e Fabiana, me avisaram que teria o evento "Porão do Rock".
Topei assistir o show.
Estava rolando Paralamas do Sucesso. Foi bem legal.
De repente olho no telão e quem está sendo homenageado? Claro, o "Rei Nato", como diz Paulo Ricardo (RPM).
As lágrimas já brotavam nos meus olhos. Que saudade! E eu estava na cidade dele!!
Haveria uma banda surpresa naquela noite.
Na hora eu matei: "O Bonfá e o Dado vão tocar!!!!"
Eu quase morri.
Chorei como se eu tivesse 5 anos de idade, mas me senti melhor quando notei que a platéia inteira presente chorava como eu... "Ufa! Não estou sozinha nessa."

Liguei na hora pra minha irmã, que mora em Sorocaba (SP), pra dar a notícia de onde eu estava... quase morreu ao ouvir o que eu disse.
Minha amiga Fabi chorava ao me ver chorando... ahahaha. Coitada.
O último show da Legião Urbana foi em 1995.

Quarta-feira dessa semana, 24.
Quando li num site que o Bonfá e o Dado estariam no programa Altas Horas comemorando o aniversário do Renato Russo, eu fiquei enlouquecida.
Eu liguei na produção do programa e conversei com a produtora.
Ela ficou muito tempo ouvindo minha história, pediu meu telefone e disse que me ligaria pra tentar me encaixar na gravação do programa.

Na quinta-feira, 25, eu descobri que meu joelho estava deslocado
Fui ao médico colocá-lo no lugar e voltei com a perna engessada, cheia de dor.

Na sexta-feira, 26, as 16 horas, a produtora do Altas Horas me liga - "Juliana? Tudo bem? Aqui é fulana do Altas Horas. Onde você está?"
Eu gaguejei e disse que estava em São Bernardo.
"Então vem pra cá agora! Eu consegui um lugar especial pra você. Você é fã, não pode perder!"

Isso foi ontem, 26.
Minha perna continua engessada...
Não tinha grana pro táxi, não tinha carona pra ir até lá e não podia pegar ônibus.
Não fui na gravação.

Perdi a comemoração de aniversário do meu poeta, não estive presente na primeira aparição da banda na tv sem o Renato... Meu coração estava em frangalhos ontem. E hoje também, porque assistirei pela tv com a dor de "era pra eu estar lá".

Nada é por acaso também.
Já foi.

Hoje, dia 27, ele completaria 50 anos de idade.
E completa, digamos assim. Seu legado continua entre nós.

Sei que foi extenso e peço desculpas.
É que há mais de 10 anos que eu não lembrava dele com tanta força.

Força sempre :-)


Esse vídeo foi gravado no Rio em 1994. Um dos últimos shows.
Sempre se esquecendo das letras...rs.
ÍNDIOS.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Vampiros

Sempre gostei de vampiros, desde pequena.
Os contos vampirescos tecem a imaginação de muitas pessoas, a sensualidade que exalam, o sangue que os alimentam, a inteligência e maturidade, a vida eterna, os amores impossíveis, etc.
Eles são encantadores.

Segundo séculos de histórias, eles existiram. Talvez existam.
Não sou nada cética.

Em 1431, na Transilvânia, nascia Vlad Dracula, O Empalador. Ele foi um príncipe e realmente existiu.
Dracula também teve outro nome, Tsepesh (ou Tepes), que significava empalador. Vlad era chamado assim devido à sua propensão para o empalamento, como uma forma de punição para seus inimigos. Empalamento era um método particularmente medonho de execução. A vitima era posta em um cavalo empurrada em direção a estacas polidas e untadas a óleo, de forma a não causar a morte imediata.

Esposas infiéis e mulheres promiscuas foram punidas por Dracula, tendo seus órgãos sexuais cortados, a pele arrancadas enquanto vivas e expostas a publico, com suas peles penduradas próximos aos seus corpos.
Para melhor apreciar o espetáculo, Dracula rotineiramente realizava banquete em frente às suas vitimas, e era um prazer para ele alimentar-se entre os lamentáveis sinais e ruídos de suas vitimas morrendo.

O atual castelo de Dracula fica ao norte da Wallachia, na cidade de Tirgosvite. Vlad Tsepesh aka Dracula morreu em 1476. Algumas histórias contam que ele morreu em uma batalha disfarçado de turco.

A tumba de Dracula fora aberta em 1931, mas estava vazia a não ser por um deteriorado esqueleto, uma coroa de ouro, uma gargantilha com a idéia de uma serpente e fragmentos de traje de seda vermelha, com um sino costurado. Infelizmente seus restos mortais foram roubados do History Museum of Bucharest (Museu Histórico de Bucareste), onde foram depositados.

Este foi bem malvado!
Lembrando que seu nome apenas serviu como inspiração para as primeiras criações, e que desde Nosferatu não se faz analogia com empalamentos.
E isso é um fato histórico.
Há outros fatos mais vampirescos, digamos assim, mas ficaríamos horas aqui.

Eu prefiro a imaginação e os contos. Devendar a alma e os olhos de um vampiro através de filmes e livros é impagável!
Experimente exercitar o olhar do vampiro... No mínimo, você se sentirá duas vezes mais atraente.
Eles se conhecem muito bem, acreditam em si mesmos e são muito corajosos.
Vagam pelo mundo à procura de sangue e amor.

Existem festas temáticas em São Paulo, bares cheios de vampiros (e que acreditam ser de verdade), famílias que vivem como tal, além de saraus e arte vampiresca.

Dicas de autores: Anne Rice, Bram Stoker, André Vianco, Stephenie Meyer, Charlaine Harris, etc.

Filmes: Dracula de Bram Stoker', Entrevista com O Vampiro, A Saga Crepúsculo, Anjos da Noite, Vampiros de John Carpenter, Blade - O Caçador de Vampiros, True Blood, Garotos Perdidos, Nosferatu, A Rainha dos Condenados, etc.


Um dos meus favoritos: Entrevista com O Vampiro